Ministro Lavrov faz o balanço de 2020 e responde a jornalistas em conferência de imprensa anual Moscovo, 18 de janeiro de 2021
Estamos a realizar a nossa habitual conferência de imprensa sobre os resultados da política externa russa de 2020, habitual, mas remota. Escolhemos o formato que dominou durante o ano passado devido à pandemia do coronavírus e às restrições impostas em quase todos os países, inclusive a Rússia, disse o Ministro.
A pandemia prejudicou muito todas as formas de comunicação, especialmente os contactos entre as pessoas: contactos culturais, humanitários, desportivos e turísticos. Isso provocou grandes mudanças na consciência pública de muitos países. Vemos isso confirmado diariamente em reportagens recebidas de países europeus e outros. A Rússia também faz esforços para minimizar os inconvenientes causados pelas restrições sanitárias objetivas na vida quotidiana. Todavia, algumas mudanças, embora não muito positivas, se fazem sentir. Deveis estar a acompanhar as discussões travadas em torno da política epidemiológica russa: as vacinas Sputnik V, EpiVacCorona e a terceira vacina que está prestes a ser lançada.
Confirmamos
aquilo que o Presidente russo, Vladimir Putin, disse em agosto de 2020,
ao anunciar o registo da primeira vacina do mundo contra o coronavírus:
estamos abertos à cooperação nestas matérias, tanto quanto possível.
Vemos uma reação positiva às propostas feitas pelo Fundo de Private
Equity russo aos parceiros estrangeiros para organizar a produção
licenciada. Este tema está a ser discutido na
Ásia, no Oriente Árabe, África e América Latina. Recentemente, o
Presidente russo, Vladimir Putin, e a Chanceler alemã, Angela Merkel,
também abordaram as perspetivas da cooperação russo-alemã e
russo-europeia na produção e melhoria de vacinas. Penso que este é um
caminho certo, baseado no desejo de consolidar os nossos esforços e na
solidariedade da humanidade. Infelizmente, nem todos e nem sempre se
revelaram interessados na solidariedade e no trabalho conjunto durante a
pandemia. Alguns dos nossos colegas ocidentais, sobretudo os EUA e os
seus aliados mais próximos, tentaram utilizar a situação para aumentar a
pressão, chantagem, ultimatos, ações ilegítimas, praticando restrições
unilaterais e outras formas de interferência nos assuntos internos de
outros países, inclusive a vizinha mais próxima, a Bielorrússia.